terça-feira, 3 de maio de 2011

Lentes de contato sem receita são um perigo para a saúde

Uma em cada 4 adaptações de lente de contato é feita sem receita médica. 15% da população não têm condições de usar lentes, alerta especialista.


A indicação e adaptação de lentes de contato, inclusive as cosméticas para mudar a cor dos olhos é um procedimento que só pode ser feito com receita médica. É o que determina a resolução 1965 do CFM (Conselho Federal de Medicina), em vigor desde o início de março. Mas, na prática não é o que acontece. Isso porque, a resolução não tem o poder de impedir o comércio sem receita médica. Resultado: Uma em cada 4 adaptações de lentes são feitas sem a supervisão de um especialista.

Segundo o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto o problema é que 15% da população não têm condições de usar lente de contato. "São pessoas com olho seco ou outras doenças oculares que podem agravar com o uso de lente" afirma. A adaptação depende ainda do ajuste perfeito à curvatura e relevo da córnea mesmo no caso das sem grau. "É este ajuste que evita a formação de úlceras que podem provocar a perda da visão", comenta.
 
Lentes causam o dobro de complicações que refrativa


Enquanto a lente de contato prejudica a visão de 20% dos usuários, a cirurgia refrativa para a correção de miopia, astigmatismo e hipermetropia causa complicações em até 10% dos pacientes. A boa nova é que estas complicações podem ser previstas e moldadas em mais da metade dos casos. Esta é a conclusão de Queiroz Neto na revisão de 14 estudos publicados sobre refrativa entre 2004 e 2010. Por exemplo, comenta, a síndrome do olho seco é a complicação mais freqüente após Lasik e ablação de superfície (PRK). Exames cada vez mais precisos da superfície da córnea (ceratometria) e da topografia corneana, ajudam a minimizar este problema. Além disso, ressalta, avanços como o intralase que tornou a cirurgia um procedimento inteiramente a laser também diminui o risco de surgir a síndrome por causa da facilidade de cicatrização.

O corte mais superficial reduz o enfraquecimento da córnea decorrente da profundidade da incisão, enquanto a precisão elimina a hipo ou hipercorreção do grau que são provocadas pela irregularidade do corte. Ainda assim, o médico diz que a técnica não se aplica a toda pessoa. Nos casos de altos míopes, entre 6 e 12

graus, a tecnologia ideal é a lente cachet. Queiroz Neto explica que se trata de uma lente intraocular que é implantada no olho sem retirada do cristalino. Os procedimentos de ultima geração não são cobertos pelos planos de saúde, mas pode sair por menos do que trocar constantemente os óculos, afirma.

3 comentários:

  1. A verdade é que esses oftalmologistas só querem DINHEIRO.
    Pois todo mundo sabe que comprar uma lente no consultório é por baixo, 2 a 3 vezes mais caro que comprar em uma ótica ou pela internet. E é o mesmo produto, pois o oftalmologista não as fabrica, compra da fábrica conforme as especificações da receita.
    Claro que tem uns malucos poraí que usam lentes falsas, de qualquer jeito, sem as mínimas condições de higiêne. Mas isso eles podem correr risco até com medicamentos, alimentos, etc. Cada um deve ter seu nível de cuidado e sua culpa pode lhe causar danos e responsabilidades.
    Portanto vejo como afronta ao livre comércio, centralizar nos médicos oftalmologistas a distribuição das lentes de contato, pois pode gerar problemas para a própria solução do problema para o paciênte, que vai se ver sem escolha quanto a quanto pagar, como pagar e de quem comprar.

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  2. A receita é feita no consultório, a compra da lente se faz onde quiser, não?!

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  3. A lente tem três parâmetros: grau, curvatura e diâmetro. Além disso precisa deixar passar todo o filme lacrimal por baixo, sem encostar na córnea, e ter movimentação com o piscar. Tudo isto só pode ser avaliado pelo oftalmologista, através da lâmpada de fenda. É a adaptação da lente. Caso algum destes esteja errado pode ocorrer ulcera de córnea e perda da visão. Está se tornando perigosamente comum. O barato pode sair muito caro!

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